" Night Angel " by Luis Royo
Tempestades
Minha fome por voltar a escrever veio em boa parte dessa poesia, escrita no dia da poesia e aqui a reproduzo, na íntegra.
Silêncios gotejantes
Entrelinhas do olhar que se demora
Lentamente, deliberado,
Abafado, em suspensão,
Ali, congelado
Esperando ou esperado?
Em corredeira ou turbilhão...
Fragmentos emaranhados
De sonhos, desejos e delírios,
De luz e sangue,
Carne, temor e tremor.
Amálgama de tudo e mais,
Insubordinado, incontido,
Incomensurável.
Selvagem.
Faminto.
++posted by Vanessa at 6:43 PM -
É estranho voltar aqui, depois de tanto tempo... Quase 8 anos depois da última postagem, tanto tempo, tantas coisas.
Seria eu ainda a mesma mulher que furiosamente aqui deixava pedaços de si e de alma?
Com o tempo e a vida, lentamente silenciei as vozes, ignorei a urgência de vociferar o que me fervilhava a mente, a velocidade de pensamentos e verborragia. Não por calmaria, não se iludam a esse ponto, talvez apenas por conveniência ou tempestades ainda mais densas do que as palavras possam traduzir.
Mas estranhos são os caminhos e tortuoso é o destino, entre idas e vindas e muitas filosofias insones (sempre elas), vaguei de volta a esse lugar.
Abandonado, eu sei. Mal cuidado, admito.
Mas com a mente prenhe de muitas e novas tempestades, retorno.
Acomodem -se, apertem o cinto de segurança, pode haver turbulência.
A quem quer que ainda se interesse em ler todo esse caos, um brinde.
É hora de recomeçar.
++posted by Vanessa at 6:11 PM -